O objetivo central da Medicina Intensiva, inicialmente alicerçado na redução da mortalidade a curto prazo, passou a visar, atualmente, mais do que a sobrevivência. De acordo com a Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação para a Medicina Intensiva, a consulta de follow-up faz parte da continuidade do processo assistencial da pessoa em situação de doença crítica, ampliando e prolongando o seu campo de ação para além das unidades de cuidados.

O aumento da sobrevivência ao internamento em cuidados intensivos revelou uma condição reconhecida pela Society of Critical Care Medicine como Post Intensive Care Syndrome, adotada pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) como Síndrome de Pós-Internamento em Cuidados Intensivos (SPICI). Os estudos apontam para uma elevada prevalência desta síndrome e das suas componentes física, cognitiva e mental, diretamente decorrentes da doença crítica, que impactam a capacidade para as atividades de vida diária, bem como a qualidade de vida e o bem-estar de utentes e respetivos familiares ou conviventes.

Retomar integralmente o trabalho ou as atividades prévias é, talvez, o fator determinante funcional mais relevante após a alta. Esse resultado envolve não apenas a recuperação física, mas também psicológica e neurocognitiva.

Aproximadamente um terço dos sobreviventes, após um ano do episódio de doença crítica, não retomou a atividade profissional, e mais de 30% necessitam de assistência diária. O impacto da doença crítica sobre a saúde física e mental após a alta da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) tem sido amplamente investigado. No entanto, as melhores práticas e a eficácia dos cuidados de follow-up permanecem pouco exploradas. Divulgar o impacto do internamento em UCI alerta os profissionais de saúde para a importância da adesão a medidas preventivas.

Objetivos:

1. Partilhar qual o papel dos enfermeiros de medicina intensiva no seguimento da pessoa em situação crítica e sua família;

2. Refletir sobre o modelo de seguimento de enfermagem à pessoa em situação crítica e sua família;

3. Demonstrar a impacto da SPICI/SPICI-F;

4. Discutir a importância da identificação de risco de SPICI/SPICI-F;

Preletores:

Cristina Simões | Mestre em Medicina Legal e Ciências Forenses | Elemento da equipa de Follow-up do SMI do polo HUC

Cláudia Vales | Doutoranda em Enfermagem | Membro do Grupo de Follow up do SMI do HPH | Membro do Grupo de trabalho de Follow up no Doente Crítico da SPCI

Moderadora: Maria Helena Pires | Pós Graduação em Sistema de Informação em Enfermagem | Membro do Grupo de Follow up do SMI do polo HUC | Membro do Grupo de trabalho de Follow up no Doente Crítico da SPCI

Início: Dia 14 de outubro às 21h00

Local: Plataforma online Cisco Webex (após inscrição receberá no dia do evento o link para assistir ao Webinar)

Prazo limite de inscrição: 14 de outubro (16h00)

Evento: Gratuito

Duração: 2h (esta atividade irá atribuir 0,35 Créditos de Desenvolvimento Profissional - CDP)

Organizador: SRCentro

Público-alvo: Enfermeiros

Nota: Necessita assistir, no mínimo, a 50% do total de horas do webinar para obtenção de certificado

Para mais informações, envie email para: srcentro@ordemenfermeiros.pt